Coração
A palavra
coração deriva do grego e do latim cor. Ambas têm origem na palavra kurd do
sânscrito, que significa saltar (Nager, 1993; Boyadjian, 1980; Acierno, 1994).
A mais
antiga representação do coração, de que se tem conhecimento, data de 1200 a.C.
Trata-se de um vaso da cultura Olmeca do México, provavelmente usado nos
sacrifícios humanos desse povo. O vaso tem a forma grosseira do coração com os
três vasos originando-se em sua base
A
simbologia foi criada pelo homem pela necessidade de expressar através de
objetos ou formas sua religião ou sua arte visual. Muito antes da descoberta da
função de bomba impulsionadora do sangue, o coração foi tido como centro da
vida, da coragem e da razão. Seu símbolo é o mais universal. De onde, e,
quando, surgiu essa representação, sempre despertou a curiosidade dos
historiadores, vez que pouco tem a ver com o coração anatômico. Para alguns,
sua origem deve-se à semelhança com a folha da hera, que na Antiguidade
representava o símbolo da imortalidade e do poder.
O coração
participa no hinduísmo em diversos tipos de meditação e práticas; é com
freqüência encontrado nos textos religiosos. É considerado lugar da
"consciência pura", de Shiva, Brahman, Krisna, o deus absoluto
(não-eu). Está além do tempo e do espaço, mas pode posicionar-se no coração
físico ou um pouco mais à direita do centro, por meio do conhecimento. Para os
sábios hindus, a consciência é o coração do hrdayam (hrd = coração + ayam = eu
sou), o centro daquilo que somos realmente entre o centro e a totalidade.
Para que
se siga o caminho do coração, é necessário clareá-lo por meio da renúncia e
sacrifício para que ele se torne um espelho mais acurado do self. O desejo de
união com o self, é a meta, o que leva a imortalidade. O coração carnal e o
espiritual fundem-se num só corpo na caverna do coração.
Mais do
que um órgão o Coração simboliza, universalmente, o amor.
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