sexta-feira, 11 de agosto de 2017

CORAÇÃO




Coração
A palavra coração deriva do grego e do latim cor. Ambas têm origem na palavra kurd do sânscrito, que significa saltar (Nager, 1993; Boyadjian, 1980; Acierno, 1994).

A mais antiga representação do coração, de que se tem conhecimento, data de 1200 a.C. Trata-se de um vaso da cultura Olmeca do México, provavelmente usado nos sacrifícios humanos desse povo. O vaso tem a forma grosseira do coração com os três vasos originando-se em sua base

A simbologia foi criada pelo homem pela necessidade de expressar através de objetos ou formas sua religião ou sua arte visual. Muito antes da descoberta da função de bomba impulsionadora do sangue, o coração foi tido como centro da vida, da coragem e da razão. Seu símbolo é o mais universal. De onde, e, quando, surgiu essa representação, sempre despertou a curiosidade dos historiadores, vez que pouco tem a ver com o coração anatômico. Para alguns, sua origem deve-se à semelhança com a folha da hera, que na Antiguidade representava o símbolo da imortalidade e do poder.

O coração participa no hinduísmo em diversos tipos de meditação e práticas; é com freqüência encontrado nos textos religiosos. É considerado lugar da "consciência pura", de Shiva, Brahman, Krisna, o deus absoluto (não-eu). Está além do tempo e do espaço, mas pode posicionar-se no coração físico ou um pouco mais à direita do centro, por meio do conhecimento. Para os sábios hindus, a consciência é o coração do hrdayam (hrd = coração + ayam = eu sou), o centro daquilo que somos realmente entre o centro e a totalidade.

Para que se siga o caminho do coração, é necessário clareá-lo por meio da renúncia e sacrifício para que ele se torne um espelho mais acurado do self. O desejo de união com o self, é a meta, o que leva a imortalidade. O coração carnal e o espiritual fundem-se num só corpo na caverna do coração.

Mais do que um órgão o Coração simboliza, universalmente, o amor.

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